Objecto Social
A SACHE – Solidariedade e Amizade, Cooperativa de Habitação Económica, CRL, tem como objecto principal a construção ou aquisição de habitações para os seus membros, bem como a sua remodelação ou reabilitação. Acessoriamente, a SACHE deve desenvolver iniciativas ou apoiar todas as que visem melhorar a qualidade de vida dos seus membros e da comunidade envolvente, nos domínios social, cultural e material.
Fundação
Tem a sua sede na cidade do Porto e foi fundada em Janeiro de 1978, a partir de um grupo de “amigos”, alguns ligados às Belas Artes e à Arquitectura, mas todos “solidários” com a causa do grave problema da carência de habitação com qualidade e a preços justos, para largos sectores da população portuguesa. Daí, o nome escolhido: “Solidariedade e Amizade”. A maioria dos seus sócios provém da chamada classe média, com escolaridade ao nível do ensino superior.
A SACHE tem como lema ser sempre muito cuidadosa na escolha dos terrenos e dos projectistas, sendo que alguns dos seus empreendimentos vêm referenciados em diversas publicações sobre arquitectura, tendo já sido objecto de distinções, tanto nacionais como internacionais.
1.ª Fase de Aldoar
O seu primeiro empreendimento, constituído por um edifício de 54 habitações, com projecto do Arq. Manuel Correia Fernandes, foi inaugurado em 1988 e situa-se na freguesia de Aldoar, na cidade do Porto, nas imediações do Parque da Cidade.
2.ª Fase de Aldoar
Seguiram-se outros, também da autoria do mesmo arquitecto e na mesma zona da cidade, nomeadamente dois conjuntos de andares-moradia, um constituído por 127 habitações, inaugurado em 1993;
3.ª Fase de Aldoar
E outro com 64 habitações, inaugurado em 1998.
Fase da Prelada
Entretanto, a SACHE fez parte do projecto que envolveu várias cooperativas de habitação, apoiado pela Câmara Municipal do Porto, que levou à constituição de uma União de Cooperativas, denominada “Cidade Cooperativa da Prelada”, que construiu 591 habitações na freguesia de Ramalde, da cidade do Porto,
tendo cabido à SACHE a construção e promoção de 137 dessas habitações.
Fase de Requesende
Em 2003, a SACHE inaugurou mais dois edifícios, constituídos por 62 habitações, na Rua de Requesende, também na freguesia de Ramalde, com projecto do Arq. Jorge Teixeira de Sousa.
Fase de Matosinhos-Parque
No final de 2009, iniciou a construção de dois edifícios, constituídos por 53 habitações e 15 espaços comerciais, com projecto de autoria do Arq. Rogério Cavaca. Situam-se na cidade de Matosinhos, no gaveto formado pela Estrada Exterior da Circunvalação e pela Av. D. Afonso Henriques, em frente ao Parque da Cidade do Porto, em loteamento denominado “Edifícios do Parque”, cujo plano de pormenor para essa zona é do Arq. Álvaro Siza Vieira. A conclusão dos mesmos, depois de alguns atrasos motivados pela insolvência da empresa construtora, ocorreu nos princípios de 2012.
Fase de Serralves
No início de 2011, a SACHE lançou a construção de mais um conjunto de edifícios, com 74 habitações e espaços para comércio e serviços, na Rua de Serralves, freguesia de Lordelo do Ouro, na cidade do Porto, cujo projecto é novamente da autoria do Arq. Manuel Correia Fernandes.
4.ª Fase de Aldoar
Entretanto, em Abril de 2011, a SACHE iniciou também a construção de mais 32 habitações, tipo andares-moradia, de novo na freguesia de Aldoar e igualmente da autoria do Arq. Manuel Correia Fernandes, empreendimento que também teve o objectivo de rematar e completar uma frente urbana constituída pelo conjunto inaugurado em 1998, dando uma melhor integração urbanística a todo aquele conjunto.
Todas as construções da SACHE se destacam pela elevada qualidade dos seus projectos e pelo cuidado posto tanto nos arranjos exteriores como na integração urbanística de todo o conjunto em que se integram.
Centro Histórico
Nos últimos anos, a SACHE também se envolveu na reabilitação do centro histórico da cidade do Porto, onde adquiriu alguns edifícios com vista à sua reabilitação, tendo procedido à reabilitação de alguns no chamado “Quarteirão do Corpo da Guarda”, em parceria com a “Porto Vivo”.
Os responsáveis da SACHE entendem que a reabilitação do centro histórico do Porto é uma aposta com futuro, sendo a única forma de travar a desertificação e de dar mais vida à cidade. Por outro lado, acham que as Cooperativas podem desempenhar um papel muito importante neste processo, na medida em que colocam no mercado um produto de qualidade e ao preço do respectivo custo, dado que as cooperativas vendem as habitações aos seus sócios sem qualquer margem de lucro. No entanto, os preços dos edifícios a reabilitar e os custos da reabilitação têm dificultado o acesso das Cooperativas e dos seus sócios a este mercado, tornando-se necessário, por um lado, que aqueles preços baixem e, por outro, que as entidades públicas como a CMP, proprietária de muitos dos edifícios a reabilitar, compreendam o papel relevante que as Cooperativas como a SACHE já desempenharam e podem continuar a desempenhar nesta missão de dar mais vida à cidade, levando novamente as famílias a viver no seu centro histórico.
Porto, Março de 2015